terça-feira, 10 de agosto de 2010

I Love That Girl (1928)

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Foi há oitenta e dois anos... Tinham saído havia uma década da guerra mortífera (1914-1918) e encaminhavam-se para outra, ainda pior, dentro de onze anos. (Herr Adolfo já se fazia ouvir em fundo na Alemanha, e anunciava, a quem quisesse ver e ouvir, aquilo que não tardaria a pôr em prática com a sua legião de assassinos durante doze anos de terror e desumanidade).

Estavam também todos à beirinha da catástrofe financeira que arruinaria milhões e provocaria uma enorme lista de suicídios e outras desgraças (ah, este mercado omnisciente dos dinheiros abundantes e fáceis, esta cariciosa "mão invisível" que tudo sabe e tudo acerta, este capitalismo à solta, sem rédeas, triturante, insaciável, de que tanto gosta Coelho, o Inenarrável...).

Entretanto, paradoxalmente - ou talvez não -, a alegria expandia-se livremente nos "dancings", ao ritmo trepidante das modas da época. Uma alegria esfuziante, aparentemente genuína. Preocupações não se detectavam à primeira vista. Em particular no que diz respeito às meninas, nem sequer - manifestamente - preocupação com as dietas. Nada de depressões ou de bulimias.
Felizmente para elas.
E para quem via...

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