domingo, 8 de fevereiro de 2009

África Antiga - As Mulheres-Guerreiras do Daomé


Constituíam, no século XIX, um corpo de élite do exército do reino do Daomé (actual Benim).
Entre outras missões militares, competia-lhes a protecção do rei.
A imagem acima representa Seh-Dong-Hong-Beh, uma das suas comandantes, por volta de 1850. Numa das acções, ela chefiou 6.000 mulheres contra os guerreiros Egba da fortaleza de Abeokuta.

Escolhidas na infância, não se casavam (com excepção das que fossem escolhidas para esposas do rei). Submetiam-se a treino duríssimo e viviam à parte. Combatentes ferozes, eram praticamente imunes ao medo e à dor.
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Conta-se que a sua iniciação implicava obrigatoriamente a decapitação de um inimigo e a consequente ingestão do seu sangue.


Para além das tribos africanas inimigas, enfrentaram bravamente o poder colonial francês, em finais do século XIX. Isso não evitou, contudo, que o rei Gbehanzin (1889-1894) fosse feito prisioneiro e deportado para a Martinica, sendo o Daomé anexado pelos Franceses.

(Fonte, até meados do séc. XIX: Frederick E. Forbes: Daomé e os Daomeanos - Relato de duas missões ao Daomé em 1849 e 1850 - Londres - 1851). (Período posterior: arquivos da Torre).

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